Ven. Maria Teodora Voiron

Venerável desde fevereiro de 1989, conheça a vida desta religiosa nascida na França que imolou sua vida em terras brasileiras a partir da cidade de Itu!


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- Venerável Dom Antonio Lustosa

  

Venerável Antônio de Almeida Lustosa

*nascimento 11.2.1886

+falecimento 14.8.1974 – Vigília da Assunção

 

Biografia extraída do site oficial da Congregação das Causas dos Santos (https://www.causesanti.va/it/venerabili/antonio-de-almeida-lustosa.html)

 

 

O Venerável Antônio de Almeida Lustosa nasceu em 11 de fevereiro de 1886 em São João del Rei (Minas Gerais, Brasil), em uma família da burguesia camponesa local, caracterizada por uma profunda fé cristã.

 

Sentindo o chamado sacerdotal, em 1902, ingressou no Colégio Salesiano de Cachoeira do Campo. Em 28 de janeiro de 1906 emitiu a profissão religiosa temporária e, três anos depois, a perpétua. Em 28 de janeiro de 1912 foi ordenado sacerdote. Vários serviços lhe foram confiados: primeiro o cuidado dos aspirantes à vida salesiana em Cachoeira do Campo e depois em Jaboatão. Em 1915 foi nomeado mestre de noviços em Lorena e, no ano seguinte, diretor do Colégio São Manoel de Lavrinhas, diretor do ginásio "Maria Auxiliadora" e vigário da paróquia anexa, em Bagé (Rio Grande do Sul). Além disso, formou numerosos clérigos no apostolado salesiano, animando com eles as paróquias e oratórios próximos.

 

Em 1924 foi nomeado Bispo de Uberaba (Minas Gerais) e, em 11 de fevereiro de 1925, recebeu a ordenação episcopal. Em 17 de dezembro de 1928, foi transferido para Corumbá (Mato Grosso) e, em 10 de julho de 1931, para Belém do Pará. Em 19 de julho de 1941, foi nomeado Arcebispo de Fortaleza.

 

Fascinado pela figura e pela espiritualidade de São João Bosco, trabalhou incansavelmente pela cura das almas, convencido de que a primeira evangelização consiste em devolver a dignidade às pessoas e famílias mais pobres. Cuidou dos imigrantes, fundou novas paróquias, clínicas, hospitais, escolas populares gratuitas e clubes operários. Inaugurou os Serviços Sociais da Arquidiocese, promoveu a Ação Católica, a catequese e as vocações ao sacerdócio. Deu vida ao pró-seminário "Cura d'Ars", ao "Card. Frings” (seminário diocesano), o Santuário “Nossa Senhora de Fatima”, a estação de rádio “Assunção Cearense”, a Casa “Menino Jesus”. Para atender famílias camponesas, fundou a Congregação das "Josefinas", presente atualmente em vários estados do Brasil.

 

Ele publicou muitos livros sobre teologia, filosofia, espiritualidade, literatura, geologia, botânica. Amante das artes, criou dois vitrais na Catedral de Fortaleza.

 

Em 1963, após 38 anos de atividade episcopal, renunciou à sede arcebispal de Fortaleza e mudou-se para a Casa Salesiana de Carpina (Pernambuco, Brasil), onde passou os últimos onze anos de sua vida. Faleceu em 14 de agosto de 1974.

 

Desde cedo esteve constantemente em busca da perfeição e como sacerdote procurou orientar os outros no caminho da santidade, através do carisma salesiano.

Autêntico homem de Deus, era humilde e caridoso. Como pastor, ele mostrou qualidades de governo hábeis e habilidades organizacionais notáveis. Nos vários cargos para os quais foi transferido, mostrou-se prudente e arguto na gestão patrimonial, atento à formação humana e cristã da população e à administração dos sacramentos. Conseguiu fazer frente à falta de padres envolvendo os leigos e deu vida à família religiosa das Irmãs Josefinas. A fecundidade da sua ação pastoral encontra o seu fundamento na profundidade da sua vida interior alimentada pela oração.

 

Salesiano autêntico, estava atento à formação dos jovens. Soube escutar as necessidades do povo brasileiro aliando o seu incansável empenho na promoção das classes mais desfavorecidas ao impulso da evangelização. A confiança na Providência e o senso prático permitiram-lhe atuar em áreas particularmente complexas do Brasil, em um período histórico marcado pela ditadura de Getúlio Vargas e pela Segunda Guerra Mundial.

 

Ele foi pessoalmente a vários lugares da diocese, enfrentando longas viagens para ser o pastor de todas as pessoas que lhe foram confiadas. Mesmo depois de contrair malária, ele continuou a viajar incansavelmente de um lugar para outro. Ele levou uma vida sóbria e se manteve distante dos bens mundanos. Ele não deixou de acolher as pessoas que acorriam a ele para receber seus conselhos. Tinha no coração os sacerdotes da Diocese, para com os quais mostrava um cuidado paterno e mantinha boas relações com os outros Bispos.

 

A fama de santidade já presente em vida continuou depois da sua morte e chegou até hoje sobretudo nas zonas do Brasil onde desempenhou o seu ministério, aliada a fama signorum (fama das graças recebidas).

 

Causa de canonização:

 

Seu corpo está sepultado na Catedral de Fortaleza.

A 'Positio' teve como Relator Monsenhor Maurizio Tagliaferri, como Postulador o P. Pierluigi Cameroni SDB e, como Colaboradora, a Dra. Cristiana Marinelli.

Decreto das Virtudes Heróicas dado pelo Papa Francisco em 22.6.2023

 

Mais informações sobre o ministério episcopal de Dom Antônio no site da Arquidiocese de Fortaleza: https://www.arquidiocesedefortaleza.org.br/arquidiocese/historia/bispos-e-arcebispos-anteriores/04-dom-antonio-de-almeida-lustosa-1941-a-1963/

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