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Um pároco zeloso e seu dedicado coroinha, assistindo comunidades em terras quase selvagens, numa época de lutas! Servindo a Igreja uniram o próprio sangue ao sangue do Redentor!...


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- Venerável Pe. Pelágio Sauter, CSsR

Venerável Pe. Pelágio Sauter, CSsR 

(10/9/1879 - 13/11/1961)

 

sacerdote e religioso redentorista

No dia 10 de setembro de 1879 nascia Pe. Pelágio Sauter, na aldeia de Hausen Am Tann, província de Tübingen,  em Baden-Würtemberg, Alemanha. Era o mais novo dos 15 filhos do casal Mathias e Maria Sauter. Era uma família simples, muito católica, que trabalhava na agricultura. O pai, dedicado mestre-escola do lugarejo, trabalhava também na agricultura para garantir o sustento da família. Além disso ocupava os cargos de organista, sacristão e escriturário na comunidade. A mãe entregava-se aos múltiplos afazeres domésticos e ajudava também na paróquia.

Em 1892 Pelágio recebeu os sacramentos da Primeira Eucaristia e Crisma. Trabalhou dois anos como aprendiz de serralheiro numa cidade vizinha. Desde criança já sentia o desejo de dedicar-se ao apostolado de modo geral, mas foi pouco antes de completar 16 anos que ele entrou para o seminário dos padres redentoristas, em Bachham, em dois de agosto de 1895. Nesse seminário já estava seu irmão Gaspar, que lá havia entrado um ano antes.
No dia 8 de setembro, dia da natividade de Nossa Senhora, o novo seminarista tomou o hábito de redentorista e assim iniciava o seu noviciado. Determinado e consciente dos seus atos, assumiu o seguinte propósito: 
“Após concluir o noviciado, espero ser admitido no número dos filhos de Santo Afonso para trabalhar muito como operário na vinha, e assim encontrar aquela paz que não achei no mundo”. Terminado o noviciado fez os votos religiosos de pobreza, obediência e castidade, em 8 de setembro de 1902, e iniciou os seus estudos para preparar-se à ordenação sacerdotal. Foram seis anos de estudos no seminário de Gars, e finalmente, em 1907, estava pronto para receber a ordem: dia 16 de junho tornou-se sacerdote para sempre, como missionário redentorista.
Durante cerca de dois anos permaneceu na Alemanha. Quando convidado para vir ao Brasil, aceitou logo, pois sempre quis trabalhar nas missões estrangeiras. Dia 16 de agosto de 1909 desembarcou no Rio de Janeiro, com mais quatro confrades. Nunca mais voltaria para rever a pátria. Foram 52 anos de fecundo apostolado no Brasil, assim distribuídos: cerca de 5 anos em algumas paróquias de São Paulo, e os outros 47 em Goiás. Enviado para trabalhar em Goiás, dirigiu-se para essa região então despovoada em nosso país, indo  trabalhar no Santuário do Divino Pai Eterno, na cidade de Trindade.

Seu superior já o havia alertado: “O Brasil é um país novo, com poucos recursos. Goiás tem menos conforto ainda. O convento onde vai morar é paupérrimo”.

Aí Pe. Pelágio trabalhou incansavelmente pregando a Palavra de Deus a todas as pessoas, de todas as condições e em todos os lugares. Foram 51 anos de contínuas atividades, deslocando-se da forma como podia, a pé ou no lombo de um burro, ou em charretes... A todos encantava com seu jeito de falar e tratar as pessoas. Esse seu carisma atraía a todos, sobretudo o povo sofrido que vinha de todas as partes para vê-lo e obter conforto em suas necessidades. Todos queriam ouvir a sua pregação e receber seus conselhos. Sua bênção era considerada milagrosa. Foi missionário do povo e para o povo. Percorreu todo o Estado de Goiás em longas e cansativas "desobrigas". Dedicou-se de modo especial aos pobres e enfermos. Não tinha hora marcada para os que o procuravam em suas aflições e necessidades.

Trabalhou em Trindade e na Matriz de Campinas durante 49 anos. Chegou a pregar missões junto com o seu co-irmão redentorista Pe. Vítor Coelho (C.45). Pe. Pelágio era famoso por suas bênçãos e curas, e Pe. Vítor por suas pregações.

Foi simples, humilde, sem luxo. Sua batina surrada abria todas as portas. Um homem austero consigo mesmo, porém caridoso e cheio de misericórdia com os outros, ele trazia em suas veias uma têmpera de aço alemão e tenacidade para o trabalho. Sua franqueza meio rude se misturava à bondade e à paciência. Quando repreendia alguém, sempre fazia através de seu peculiar sorriso.

Padre Pelágio dirigia e orientava com zelo apostólico vários movimentos da Igreja; escrevia e dirigia teatro; fazia música e organizava o coral; andava léguas no lombo do cavalo para atender o povo da roça, distribuía esmolas, sorriso e uma palavra de esperança. Seus últimos anos de vida foram passados em Campininhas. Atendia os doentes e todos os dias abençoava o povo e pregava a Palavra de Deus na Matriz. Era a hora da benção do Padre Pelágio. Hora de Graça. Inúmeros casos de curas e graças são relatados, como um ocorrido em 1958, com a pequena e sapeca Geni, de 8 anos de idade. Um dia se machucou de forma mais grave. Tirando um fio do bolinho da palha de aço que foi pegar na venda, tentou arrebentá-lo enrolando-o nos dedinhos mínimos. Era aquela palha de aço antiga, bem mais grossa. Fez tanta força que o fio arrebentou, mas cortou o dedinho da mão direita, ficando preso apenas pela pele. Assustada e chorando, escorou o dedo com a mão esquerda e saiu correndo. Coitada!... Foi aí que ouviu o sino chamando para a bênção que Pe. Pelágio dava às 10 horas. Correu para a igreja, sempre escorando o dedo, e aproximou-se do padre. Ele jogou água benta na menina e continuou dando as bênçãos. Ela voltou correndo para casa a fim de mostrar o dedo machucado para a mãe, e tomar providências. Foi aí a grande surpresa: o dedo estava curado! Não se percebia nada, a não ser um leve sinal de emenda...

Situações imprevistas como essa faziam parte da vida de Pe. Pelágio Sauter. Quando não era procurado na igreja para dar suas bênçãos, ele mesmo aparecia sem ser chamado na casa de algum doente que precisava da sua ajuda, como por milagre. Em 1961 ele atendeu pessoalmente mais de 500 doentes em suas casas ou nos hospitais.

Pe. Pelágio doou-se até o fim: aos 83 anos de idade foi atender um enfermo, e não deixou-se abater mesmo pela forte chuva que caía, pois nada podia afastá-lo dos seus deveres sacerdotais. Foi assim que ele acabou ficando doente, atacado por uma pneumonia. Foi internado na Santa Casa de Misericórdia, e assistido carinhosamente pelo corpo médico, confrades e amigos. Mas sobreveio uma enfisema pulmonar, com outras complicações, tudo agravado pelos achaques da idade. Após uma semana de sofrimentos, morreu santamente às 13 horas do dia 23 de novembro de 196l.

Por ocasião de sua morte, o governo de Goiás decretou luto oficial de 3 dias e ponto facultativo. Seu corpo foi velado pelos fiéis, vindos de todas as partes do Estado, durante 30 horas na Igreja Matriz de Campinas, onde também foi sepultado. O enterro foi acompanhado por cerca de 60.000 pessoas. Para elas Pe. Pelágio não havia morrido, mas continuava vivo no meio do povo que tanto amou. 

O povo goiano o chama de “Apóstolo de Goiás”. Foi onde estava o povo pobre e abandonado. Viveu a fé, a esperança e a caridade. Homem de oração profunda e constante, devoto de Santa Teresinha e de Nossa Senhora, zeloso no apostolado. É um exemplo de verdadeiro missionário, alguém que soube transmitir pelo exemplo e pela pregação a Boa Nova do Evangelho.

 

Oração

para pedir uma graça

Divino Pai Eterno!

Confiados na palavra de Vosso divino Filho

e na intercessão do Vosso servo Pe. Pelágio, nós pedimos uma graça muito especial (Mencionar a graça que deseja).

A graça que esperamos, seja para Vosso louvor, nosso proveito espiritual e material, e glorificação do Pe. Pelágio. Amém!

 

Dies natalis: 23 de novembro

Restos mortais: na igreja do Santíssimo Redentor, em Trindade, GO (trasladação da Matriz de Campinas, Goiânia, em 20-21/nov/2004).

Causa de canonização: sediada na Arquidiocese de Goiânia, GO. Ator: Congregação do Santíssimo Redentor (redentoristas).

Nihil obstat em 20/out/1997; processo informativo diocesano iniciado em 23/nov/1997 e encerrado em 21/mar/1999; publicação da Positio em 25/jul/2005. Relator: Pe. José Luiz Gutierrez; postulador: Pe. Antônio Marrazzo, CSsR; vice-postulador: Pe. Clóvis J. Bovo, CSsR (Vigário paroquial da Matriz de Campinas). Decreto das Virtudes Heroicas em 7/novembro/2014. Processo informativo diocesano sobre um milagre realizado na Arquidiocese de Goiânia e encerrado em abr/2006. Se for futuramente aprovado pelas comissões de médicos, teólogos, Cardeais e Bispos e depois pelo Santo Padre, Pe; Pelágio será beatificado!

Bibliografia sobre Pe. Pelágio:

Site oficial: http://www.boletimpadrepelagio.org/ (biografia, fotos, boletins)

http://www.redentorista.com.br/ (menu esquerdo: Pe. Pelágio > biografia, em 45 capítulos)

Para comunicar graças alcançadas e maiores informações:

Jornal Matriz (Padre Clóvis de Jesus Bovo)
Cx Postal 15143
 74501-970 -  Campinas/Goiânia  -  GO
Fone: (62) 533-5310

clovis@redentorista.com.br

Link:

http://www.npdbrasil.com.br/PadrePelagio/index.htm

 

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